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O que é um grupo?

(Trecho de uma aula introdutória do curso TÉCNICAS ANALÍTICAS DE LIDERANÇA – EaD- RAIZ)

De acordo com Pichon-Rivière (1983), falamos em grupo quando um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúnem para a realização de uma tarefa específica. No desenvolvimento das tarefas, as pessoas deixam de ser um amontoado de indivíduos, para que cada um possa se assumir enquanto participante de um grupo com objetivo mútuo. Isso significa dizer que cada membro pode exercitar sua fala, expressar sua opinião, seu silêncio, defender seus pontos de vista, etc. Nessa dinâmica, é possível descobrir que, mesmo tendo um objetivo em comum, cada participante é diferente.

Assim também é para Gahagan (1976), que considera um grupo, para a maior parte dos propósitos psicológicos, como um conjunto de pessoas que tem suas atividades relacionadas mutuamente de forma sistemática. Isto é, um grupo deve ser concebido como um sistema em que as partes se interrelacionam. Alguns grupos podem ser facilmente vistos de acordo com esse critério como, por exemplo, uma equipe de futebol, o seu capitão, o treinador, etc. todo um conjunto de pessoas que são peças necessárias para o funcionamento do todo, tendo uma finalidade em comum que é ganhar os jogos do campeonato.

Visão similar têm Lane e Sawaia (1999), para eles, o grupo se constitui a partir de uma ação conjunta movida por homogeneização de interesses ao redor de necessidades coletivas. No grupo, a cooperação e a solidariedade se fundamentam em uma rede de sociabilidade, em que predominam, em princípio, os sentimentos nobres, não individualistas. Entretanto, isso não significa que o bem-estar comunitário deva ser compreendido como antagônico ao prazer individual. Na formação sadia de um grupo, deve haver espaço para que as experiências sociais individuais possam fluir.

Dentro desse conceito de grupo, Gahagan (1976) alerta que um aglomerado de pessoas não constitui um grupo. A multidão, por exemplo, difere do grupo propriamente por apresentar um comportamento coletivo que não envolve necessariamente à interação face a face, mas que se influencia mutuamente. Não existem normas ou regras pré-estabelecidas que governem o comportamento desse tipo de coletividade e os padrões de ação também parecem simplesmente emergir.

Uma vez na multidão, o indivíduo é acometido por um comportamento irracional, primitivo e ele pode perder o seu autocontrole e atuar de um modo impulsivo, desorganizado psiquicamente. Nesse sentido, grande parte dos autores se refere aos grupos enquanto processos grupais. Falar em “processo” pressupõe levar em conta as relações que ocorrem no cotidiano entre seus membros dentro de uma experiência histórica específica que se constrói num determinado espaço e tempo.

Desejamos a tod@s um excelente curso!

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