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Estar no papel de líder é muito desafiador, pois estar em grupo é conviver com a alegria e a dor do outro

(Este texto é produção da aluna Renata do curso Técnicas Analíticas de Liderança, Turma 2020)

Venho por meio desta contar pra vocês o que aconteceu comigo nestas últimas semanas em que estivemos juntas no curso de liderança.

Tenho convicção de que o acaso não existe e, por este motivo, trago em meu coração a certeza de que era o meu momento de estar com vocês. Estava desligando o meu celular na noite em que iniciava o primeiro encontro de estudos…Youtube notificava naquele momento que o Instituto Raiz estava postando novo vídeo. Sentei-me e assisti! Pude notar que se tratava daquele curso que em outros anos eu havia tentado fazer…

Entrei em contato e me desafiei, principalmente na questão da disciplina em me organizar para dar conta de mais um novo curso, já que eu havia iniciado mais dois cursos on line!

Tempos de isolamento social devido a pandemia, tempo de rever postura e de refletir de forma mais profunda em minhas potencialidades e avaliar onde estavam as minhas limitações e dificuldades.

Iniciando o curso fomos convidados a aprender a ver a essência das coisas, treinar nosso olhar para observar e registrar aquilo que, de forma intuitiva nos chega através das sensações e sentimentos, levantando hipóteses através do pensamento analítico, sem julgamento e sem ansiedade.

Estar no papel de líder é muito desafiador, pois estar em grupo é conviver com a alegria e a dor do outro, é compartilhar suas histórias, medos e sonhos, é saber observar o que é do outro e o que é nosso, o que faz parte da nossa trajetória no campo de nossos sentimentos, pensamentos e vivencias- marcas de toda nossa experiência que podem ser positivas, saudáveis ou até mesmo negativas e projetivas… enfim, estar na liderança é estar no meio da multidão e ao mesmo tempo estar só!

Aprendi nestes dias a valorizar este lugar que cheguei ocupando o papel de líder, quando reconheci quanta diferença faço na vida das pessoas que comigo estão no caminho do autoconhecimento. Aprendi, quando reconheci que somos um grupo, e que nele, eu reflito o que sou e sinto o que cada um é. Aprendi que devo aprender a deixar o outro se expressar, a ser o que é, pois cada um tem seu jeito de ser e de se autorregular. Aprendi que devo olhar para minha afetividade e sensibilidade, continuar a ouvir minha intuição e a me expressar de forma poética, caso contrário estarei me desrespeitando e esta falsa expectativa de ser o que não é, chega para o outro de forma confusa. Aprendi que devo aprender a falar sobre as minhas sensações, de forma clara e direta, acima de tudo, com muita generosidade-talvez este seja o meu maior desafio, já que descobri também que fantasio que “não estou sendo compreendida”.

Aprendi tanta coisa que somente o tempo dirá quando eu conseguir digerir e assimilar o processo de foi mexer em tantos conteúdos psíquicos.

Enfim, prefiro falar sobre a gratidão que sinto pelo tempo dedicado aos estudos, os momentos de supervisão- que pra mim foram intensos e profundos, e principalmente, por estar em um grupo com o propósito de “ser melhor”.

Obrigada pelo cuidado amoroso, analítico e profissional que tiveram conosco.

Fica aqui meu abraço a vocês!

Renata, Psicóloga

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