Biblioteca dos Alunos

Aqui você tem acesso aos trabalhos de final de curso de nossos alunos.
Essas produções têm como objetivo unir a formação acadêmica/ profissional ou pessoal de nossos alunos com os conhecimentos adquiridos ao longo do Curso de Psicologia Corporal.  Por isso, são trabalhos muito autorais sem viés acadêmico strictu senso.

Formandos 2025

UM CORPO QUE CALA:ESTUDO SOBRE FIBROMIALGIA E REICH

ANA PAULA URDIALES GARCIA

Esta monografia explora a fibromialgia (SFM) e sua relação com a abordagem psicossomática de Wilhelm Reich. A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética difusa, fadiga, distúrbios do sono e sintomas emocionais, como ansiedade e depressão. Apesar de ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1992, sua etiologia permanece incerta, uma vez que se busca a interpelação da SFM e o sistema nervoso central e suas correlações físicas.

Reich defendeu que experiências emocionais reprimidas resultam em tensões corporais crônicas, que impactam a saúde física e emocional. A relação entre a fibromialgia e a teoria das couraças sugere que essa síndrome pode ser vista como um reflexo psicossomático de traumas não elaborados. Embora ainda sejam necessários para validar cientificamente essa abordagem, a visão reichiana oferece uma perspectiva integrativa de estudos para o tratamento da fibromialgia, 

Ela propõe que a análise do caráter e técnicas como a vegetoterapia podem auxiliar no tratamento da SFM, liberando as couraças musculares e aliviando os traumas. Embora mais estudos sejam necessários para validar cientificamente essa abordagem, a combinação de técnicas corporais e psicoterapêuticas pode representar um avanço significativo no tratamento da SFM, interrupção da dor, maior regulação emocional e melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Fibromialgia; Síndrome da Fibromialgia (SFM); Dor crônica; Dor nociplástica; Vegetoterapia; Terapia corporal.

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ASPECTOS DO “CARÁTER POR REICH” , MOLDANDO VALORES E ESTILOS DE LIDERANÇA , IMPACTANDO NA GESTÃO E SEGURANÇA PSICOLOGIA DE EQUIPES, E NO CLIMA ORGANIZACIONAL 

ANGÉLICA ROVERE

A ideia do trabalho é demonstrar como o estilo e predominância do caráter individual do líder pode influenciar no grupo e na cultura organizacional das instituições, e correlacionar os tipos de caráter do indivíduo, segundo Reich, com os conceitos e os quatro estágios de Segurança Psicológica integrando-os com os princípios da Biossíntese e couraças musculares, demonstrando seus impactos e aspectos de transformação. 

Discorrer sobre como o líder, a partir do movimento individual, pode promover a mudança cultural no grupo e proporcionar um ambiente de inclusão, comprometimento, aprendizagem, colaboração e espaço para desafiar “o estado das coisas”, aceitando imperfeições e vulnerabilidades humanas profundamente ligadas à saúde emocional e ao funcionamento energético do indivíduo. 

Dar visão dentro do contexto psicanalítico e psicossomático de como a vulnerabilidade do indivíduo no ambiente organizacional se conecta a bloqueios emocionais, repressões e traumas que afetam tanto o seu corpo quanto a sua mente.  Demonstrar como é possível promover segurança psicológica no ambiente corporativo, inspirado na teoria caracterológica de Reich, buscando reestabelecer o fluxo de energia vital, fluxo da vida e a autorregulação emocional, tendo como instrumentos diagnósticos de compreensão, sensibilização e mapeamento de tensões e incorporando práticas de expressão emocional como parte da cultura organizacional.

Palavras-chave:  Caráter; Segurança Psicológica; Couraça Muscular; Vulnerabilidade; Clima Organizacional.

Acesse aqui: Angelica Rovere_Artigo Final Curso Raiz_15Mar25

DA CABEÇA AOS PÉS: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA CORPORAL PARA UM GRUPO TERAPÊUTICO DE HOMENS

AUGUSTO SALVADOR DE OLIVEIRA FERNANDES

Esta pesquisa sintetiza minha trajetória pessoal de três anos na pós-graduação em psicologia corporal do instituto Raiz. Após trazer minhas experiências e transformações dentro e fora da sala de aula, reflito sobre os estudos do curso e também sobre masculinidades, comportamentos masculinos, violências e angústias dos homens. Faço um relato sobre a minha criação e organização de um grupo terapêutico para homens no Instituto Espiritual Xamânico Flor de Lótus, em São Carlos/SP, que teve impacto positivo na vida de seus integrantes. Tal narrativa é o material de campo sobre o qual aplico o pensamento analítico aprendido no curso. Baseado em Reich, utilizo o pensamento funcional, os conceitos de unidade funcional, curva orgástica, bem como a teoria da análise do caráter para analisar a história, estrutura e contornos do grupo. Entendo que a psicologia corporal foi fundamental para estruturar e fortalecer minha posição de coordenador desse coletivo, garantindo a sobrevivência, continuidade e organização de suas dinâmicas internas, que atualmente apontam para o progresso no seu desenvolvimento. Além disso, mostro as contribuições de estudos de dinâmica de grupos, biossíntese e bioenergética nesse processo. Avalio a eficiência da minha análise e postura de coordenador de grupo, bem como as características, performance, limitações e horizontes do grupo.  

Palavras-chave: masculinidades; dinâmicas de grupo; grupos terapêuticos; biossíntese; bioenergética; pensamento funcional

Acesse aqui: Augusto_final

COLOCANDO O CORPO EM CAMPO: A PSICOTERAPIA CORPORAL NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS SURDAS

JANAÍNA CABELLO

Este trabalho descreve o atendimento clínico de uma criança surda, falante de Libras, a partir de uma intervenção inspirada na psicoterapia corporal reichiana e neo reichiana. Considerando questões que se relacionam à diferença linguística entre terapeuta (ouvinte) e criança (surda), são tecidos alguns apontamentos sobre as possibilidades da transferência/contratransferência na clínica psicanalítica com crianças surdas – a partir da visualidade como uma outra via de escuta –  assumindo, nesse sentido, o compromisso já há muito defendido por Reich (2013)  de satisfazer melhor e dignamente todos os desejos vitais da saúde, cuidando com especial atenção das crianças. Desse modo, assumindo a surdez como uma surpresa para os pais que, comumente se calam diante do diagnóstico, discutiremos algumas consequências possíveis desse silêncio entre mãe/bebê que pode oscilar entre um “quase abandono” e “absoluto protecionismo”, ambos impedindo uma posição subjetiva da criança que ultrapasse a posição de objeto. Nessa direção, serão descritas algumas cenas de um atendimento clínico que aconteceu semanalmente ao longo de seis meses, com o objetivo de apresentar como foi estabelecido o vínculo terapêutico, as estratégias de acolhimento linguístico/corporal adotadas e os exercícios inspirados principalmente pela bioenergética que foram apresentados à criança surda, encaminhada ao atendimento por não conseguir “separar a fantasia do real”, ser “ansiosa e agressiva” e “não ter limites”. Observamos que, a partir de brincadeiras com movimentos específicos, da movimentação corporal consciente, de espaços para a manifestação segura e consentida de sentimentos (como fúria, medo, raiva ou tristeza) e de exercícios de respiração e relaxamento, tanto uma organização linguística/de pensamento como também do corpo foi sendo estabelecida, o que nos anima a pensar e a defender novos estudos que possam propor uma clínica corporal de inspiração reichiana e que contemple a especificidade linguística/visual de corpos surdos – especialmente das crianças.

Palavras-chave: Psicologia Corporal; Reich; Teorias Neorreichianas; Surdez; Libras.

Acesse aqui: JanainaCabello_final

DEFESAS INVISÍVEIS, COMO A COURAÇA OCULAR MANIFESTA O MEDO

KELEN CRISTINA DA SILVA PASCHOALINO

A Couraça Ocular é um conceito introduzido por Wilhelm Reich (1897-1957), referindo-se a um tipo específico de couraça que se localiza na região dos olhos e nas estruturas faciais. Ela se desenvolve em resposta a traumas emocionais e experiências frustrantes, resultando em uma rigidez muscular que pode afetar a capacidade de um indivíduo de fazer a leitura e interpretação do mundo e de si mesmo.

As defesas emocionais, que se manifestam através do olhar e da expressão facial, são recursos vitais para a compreensão de como as pessoas lidam com o medo. Neste trabalho busco explorar a ligação entre a couraça ocular e o medo, analisando como a maneira que enxergamos e nos mostramos ao mundo pode ser profundamente afetada por experiências emocionais.

 

Palavras-chave: Couraça Ocular; Defesas Emocionais; Comportamento não verbal; Wilhelm Reich.

Acesse aqui: Kelen_final (1).docx

UMA REPRESA DE EMOÇÕES: UM OLHAR DA PSICOLOGIA CORPORAL PARA AS ALERGIAS ALIMENTARES IgE MEDIADAS

LÍGIA GOMES DE SOUZA

Tem se observado nos últimos anos um aumento dos casos de alergia alimentar IgE mediada em crianças e sua persistência ao longo do tempo. O conhecimento médico e nutricional avançou, tornando os diagnósticos mais precisos e precoces e possibilitando um melhor controle. No entanto, pesquisas sobre AAs pelo olhar da psicologia ainda são escassas. Do ponto de vista psicossomático, quais são os mecanismos envolvidos que contribuem para que as AAs se instalem, permaneçam ou diminuam? Quais são os mecanismos de defesa psicológicos envolvidos na manifestação de uma AA? E do ponto de vista sistêmico? Como é a família que recebe um alérgico? Essas são algumas perguntas que faço e que permeiam essa pesquisa. Para tentar respondê-las, busquei informações sobre o desenvolvimento psicobiológico pelos olhares da psicologia corporal, biodinâmica, biossíntese e psicossomática. Também entrevistei quatro mães de crianças alérgicas para entender se haviam eventos comuns em sua história de vida. Concluo que a expressão de uma AA pode estar relacionada à vivência de conflitos emocionais pela mãe e pela criança ocorridos durante as fases uterinas, parto e amamentação. Conflitos esses que não foram digeridos e elaborados, ficando aprisionados nas couraças musculares e intestino, prejudicando o fluxo energético natural da vida. 

Palavras-chave: alergia alimentar; anafilaxia; emoções; psicossomática; psicologia corporal.

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TRAUMA EM REICH

MONICA SILVA DE OLIVEIRA

Vou falar sobre a minha vivência no Raiz. O objetivo é contar isso sob a luz da ideia de trauma em Reich, da Psicologia Corporal do trauma no corpo a partir do grupo de movimento que eu consegui desvelar algo importante para mim e a enxaqueca durante o meu percurso no Raiz, como isso foi sendo atenuado até o ponto de eu conseguir verbalizar e ser acolhida. Toda essa experiência do Instituto é o meu trabalho. Meu objetivo é falar sobre isso, essa experiência que me curou.

Palavras-Chave: Análise Reichiana; Trauma; Grupo de Movimento.

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Formandas 2024

A RESISTÊNCIA DA MARIA-NINGUÉM

ANA MAURA GUIDOLIN GALASSI

A Maria-Ninguém é uma pessoa que não gosta de ser criticada, não gosta de ouvir as verdades sobre ela mesma. É medrosa. Ser gente grande a assusta, causa medo (das responsabilidades que a maturidade traz); falta-lhe perseverança para deixar que o entusiasmo lhe invada. A comodidade acaba afugentando a felicidade e atrapalhando seus pensamentos, dessa forma suas sensações corporais tornam seu corpo um corpo rígido. Ela é acometida pela peste emocional (conceito desenvolvido por Wilhelm Reich, em sua obra, Análise do Caráter e sobre o qual comentarei em meu trabalho).
Ela foi muito reprimida, teve uma educação compulsiva e autoritária, o que a tornou submissa, paralisando sua consciência crítica.
Não é segredo que a humanidade está doente, no sentido psiquiátrico (no sentido psicossocial da palavra). Cada pessoa conscienciosa descobrirá a peste emocional em si mesma e, desse modo, compreenderá melhor aquilo que sempre mergulha o mundo na tragédia de novo.

Palavras chaves: Zé-Ninguém; Peste emocional; Resistência; Comodidade;
Encouraçamento; Campo e Dinâmica(s).

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CAMPOS INFLAMADOS

LÍVIA GREGHI ESPANHA

O presente trabalho teve como objetivo analisar minha própria trajetória, em meu ambiente de trabalho, perante os conhecimentos teóricos aprendidos durante os três anos de formação em Psicologia Corporal, no Instituto Raiz. Para tal, foram utilizados conhecimentos teóricos aprendidos durante as aulas, observação de atendimentos clínicos, incluindo os meus, e consulta a experiências próprias vividas nos Workshops.

 

Palavras-chave: Campo Sensível; Peste emocional; Prazer; Couraças; Caráter.

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